terça-feira, 1 de março de 2011

OSCAR 2011


Sempre me emociono na noite do Oscar. Sou um emotivo por natureza porém, vamos convir, a noite do Oscar é uma noite especial no ano.

Não sei é pela minha proximidade ou intensidade que tenho em relação à sétima arte ou se é pelo fato da noite mobilizar figuras que são tão importantes no dia-a-dia dos seres humanos como atores, diretores, produtores, músicos e gente que transforma nossos mais doidos sonhos em realidade, que me faz emocionar!

A noite do Oscar, na minha opinião, é similar à uma noite de Natal.

Emociona no formato, no protocolo, na trilha...e, evidentemente, na expectativa e ansiedade pelos resultados.

Abaixo, meus comentários pessoais em relação às principais premiações:

MELHOR FILMEO Discurso do Rei – Discutível...Evidente que é um bom filme, mas nada de novo...nada de mais.

MELHOR DIRETORO Discurso do Rei – Discutível...Fez sim um bom trabalho, mas nenhuma inovação e nenhum risco.

MELHOR ATORColin Firth (O Discurso do Rei) – Ótima escolha...na minha opinião, fez mesmo o melhor trabalho entre os candidatos

MELHOR ATRIZNatalie Portman (Cines Negro) – Indiscutível...trabalho marcante e magnífico. Entra para a história e é esse tipo de atitude inovadora(com excelente resultado)que deveria ser premiada.

MELHOR FOTOGRAFIAA Origem – Escolha esperada... “Bravura Indômita” e “O Discurso do Rei” também seriam bem premiados.

MELHOR ATOR COADJUVANTEChristian Bale (O Vencedor) – Indiscutível...há tempos merece um prêmio desse calibre. É um ator acima da média.

MELHOR ATRIZ COADJUVANTEMelissa Leo (O Vencedor) – Também fez um excelente trabalho e mereceu a estatueta. A pequena Hailee Steinfeld é muito jovem para avaliar mas promete.

MELHOR EDIÇÃOA Rede Social – Prêmio Justo...embora “A Origem” também tem um excelente trabalho estabelecido em edição.

MELHOR DIREÇÃO DE ARTEAlice no País das Maravilhas – Qualquer filme sob a tutela de Tim Burton é favorito em Direção de Arte.

MELHOR SOMA Origem – Justo... A pancada que o filme oferece não teria o mesmo impacto sem um ótimo trabalho de som.

MELHOR SONOPLASTIAA Origem – Mesma coisa...os detalhes visuais são “abrilhantados” com uma tremenda e, agora premiada, sonorização.

MELHOR EFEITOS VISUAISA Origem – Indiscutível... Inovador mereceu o prêmio indubitavelmente.

MELHOR MAQUIAGEMO Lobisomem – As “transformações” são sempre premiadas.

MELHOR FIGURINOAlice no País das Maravilhas – Outro privilégio dos filmes de Tim Burton...sempre contemplam excelentes figurinos.

MELHOR TRILHA SONORAA Rede Social – Indiscutível... Trent Reznor coloca agressividade em forma de trilha. Prestem atenção na trilha ao verem esse filme. É diferente e inovador.

MELHOR ROTEIRO ORIGINALO Discurso do Rei – Bastante discutível...seria contraditório não ganhar o roteiro e ganhar filme e direção...mas, sinceramente, não há nada de diferente na forma e nem no conteúdo. “A Origem” ganhar o Oscar seria mais justo, na minha opinião.

MELHOR ROTEIRO ADAPTADOA Rede Social – Ótima escolha, muito embora, para esse prêmio, acho que “127 Horas” seria mais adequado. Transformar em atrativa uma história que se passa praticamente em único ambiente e com apenas um único personagem me parece um trabalho muito mais complicado.


Bom, o Oscar mostrou mais uma vez que anda em mão contrária ao NOVO, ao INOVADOR.

Respeito o protocolo e as bases históricas da festa...acho até que é isso que mantém a longevidade da “mágica” ao redor dessa noite.

Porém, penso que o cinema comercial poderia dar um passo adiante consagrando um Darren Aronofsky(Cisne Negro) como melhor diretor, ou mesmo David Fincher(A Rede Social) que, não é de hoje, que faz excepcionais filmes.

Fica sempre aquele gostinho de frustração pelo filme que mais gostamos não ter ganho mas, assim como nos próprios filmes, não podemos julgar se foi bom ruim apenas pelo seu final.

A noite foi Mágica, como sempre!!!

Abrasss


P.S.:Ahhhh...e o Brasil??? O dia que resolverem indicar os filmes certos, o Brasil passa a ter alguma chance...enquanto algumas famílias dominarem as escolhas, vamos de filmes como os didáticos “Lula”, “Filhos de Francisco”, “Chico Xavier” e etc... e ficaremos felizes por termos apenas sido indicados.

sexta-feira, 25 de fevereiro de 2011

127 HORAS


A premissa desse filme, por si só, já é incrível!!! Um jovem aventureiro solitário que saí para fazer uma habitual trilha e, num acidente, fica preso e prensado num ambiente totalmente isolado.

Não bastasse a premissa, a direção do filme é do genial Danny Boyle de quem sou fã incondicional desde seus primeiros Cova Rasa e Trainspotting até os últimos Quem quer ser um Milionário?, Caiu do Céu e Sunshine.

E Danny Boyle talvez seja o único cineasta vivo capaz de entrar literalmente nas entranhas do “negócio” e fazer o espectador sentir na pele o que se passa com o protagonista.

Em pouco espaço físico, o diretor dá o show ao transmitir o drama e a tensão em forma de entretenimento.

Escalou muito bem o carismático James Franco e juntamente com uma trilha sonora especialíssima, emociona do começo ao fim.

Baseado em fatos reais, as simbologias da vida cotidiana estão na cara de quem quiser ver.

E todo mundo tem as suas “rochas” no caminho que fazem de tudo para dificultar a vida...mas todos tem também sempre inspirações MAIORES pelas quais vale à pena passar por cima dessas “rochas”... à qualquer custo!

Muito Bom filme! Não perca!!!


127 horas – Trailer - http://www.youtube.com/watch?v=AUrTOWKAQDc


Abrasss

terça-feira, 8 de fevereiro de 2011

CISNE NEGRO


Confesso que estava reticente em assistir esse filme. Sempre gostei muito de música clássica e óperas, mas ballet é uma área que, nunca, nem passei perto. Numa sugestão/indicação, acabei “embarcando”e me surpreendi positivamente.

Ultimamente o mercado cinematográfico anda tão preocupado com prazos, quantidade e em lições de moral no final dos filmes que se esquecem do principal: Emoções e Sensações!

Nos habituamos à ir ao cinema numa rotina de filmes comuns que quando nos deparamos com algo diferente, percebemos a real distância entre Cinema de Verdade e filmes com objetivos comerciais.

Cisne Negro traz à tona o que de melhor um filme pode oferecer...vivenciar sentimentos!

E é impressionante como a viagem introspectiva da protagonista Nina em busca da performance perfeita, nos faz, enquanto espectadores, mergulhar de cabeça dentro de uma auto-introspecção e perceber que nossos maiores obstáculos na vida, somos nós mesmos que criamos. Isso não é conclusão de final de filme, não. É sensação em cada tomada de cena.

Barbada para melhor filme, diretor e atriz principal. Opiniões pessoais à parte, qualquer resultado diferente disso, é marmelada pura.

O Diretor, Darren Aronofsky, “rege” o filme com maestria, ora se passando como um intruso na vida da bailarina Nina, ora como a própria visão da atriz principal. A textura, os ângulos, a intensidade. Trabalho de equipe (Direção, Produção e Fotografia)IMPECÁVEL!

A atriz está EXUBERANTE!!! Há tempos não vejo um trabalho tão intenso e bem feito como o da Natalie Portman. A questão técnica do ballet por si só, já faz ser estupendo...mas não é só por isso. A atriz está fora do patamar normal de atuação e isso é BRILHANTE!!! Vale também outro belo ponto para o diretor na condução da atriz.

Isso sem contar Vincent Cassel (que está um gênio como sempre), Mila Kunis (a amiga-rival) e Barbara Hershey como a mãe de Nina. Todos fazem a “engrenagem” ter perfeita harmonia dentro da desarmoniosa condução de Aronofsky.

Espetáculo Imperdível!!!

DE ARREPIAR!!!

A parte RUIM, é você ter a convicção, depois de assistir um filme desses, que vai demorar muuuito para aparecer alguma coisa com a mesma qualidade.

Não assista trailer, não leia mais nada sobre o filme... Deixe-se surpreender!!! Viva o Filme! E, de qualquer forma,

NÃO PERCA!

Abrasss


domingo, 6 de fevereiro de 2011

JEFF SCOTT SOTO – 05/02/2011 – Blackmore Rock Bar – SÃO PAULO – SP

SURPRESA!!!

Apesar de alguns rumores e expectativas, a palavra da noite para muitos foi “SURPRESA”.

Imagine no palco, verdadeiros ícones do Heavy Metal como Jeff Scott Soto, Hugo Mariutti, Edu Cominato, B.J. e Paulo Soza... à princípio o que se espera é um show perfeito....de Heavy Metal, certo???

ERRADO!!! Eis que a “Caipiroska Boogie Band” executa um set PERFEITO de Discoteca dos anos 70....Fizeram a pista do Blackmore lembrar o Studio 54 de Nova York....ou a Limelight de São Paulo.

E não decepcionaram. Muita pegada e swing para executar hinos como Celebration, Jungle Boogie, Dancing Queen, Saturday Night Fever entre outras, não deixaram o público esmorecer.

O público, que lotava o lugar, pedia por METAL, mas se divertia ao som de músicas, impecavelmente executadas, que não tinham por onde ignorar.

Tanto foram os pedidos que a transição aconteceu... Ao som de Queen(Another One Bites to Dust e Radio o Ga Ga)a coisa foi mudando e o público, que dançou e pulou ao som da Jeff´s Disco Band, foi premiado enfim com os clássicos que consagraram o cantor.

Aí sim, os músicos puderam soltar a veia e “debulhar” em heavy metal ao som de Stand Up and Shout, I´ll be Waiting dentre outras. Sobrou até um “cover” de Breaking The Law” do Judas Priest com direito à convidados. E foi um espetáculo à parte ver os solos de Hugo, as viradas do Edu e os vocais do Jeff. Prato Cheio para qualquer fã do gênero!!!

Dessa forma, fica mais uma noite de rock´n´roll, na memória e nos celulares dos presentes, para lavar a alma dos paulistanos e com a expectativa, que o próprio Jeff deixou, de gravar o seu próximo DVD em São Paulo, a capital MUNDIAL do ROCK!!!

Abrasss

segunda-feira, 3 de janeiro de 2011

LOBÃO - 50 ANOS À MIL



Sempre gostei de ler biografias. Ainda mais se forem AUTO-biografias onde o escritor vivenciou o que está escrevendo e não apenas ouviu dizer ou fez pesquisa à respeito.

Imaginem então se essa auto-biografia for escrita por um dos mais polêmicos, inteligentes e articulados personagens da história musical desse país.

Essa é a sensação de ler a auto-biografia do Lobão!
Ganhei de Natal de minha Mãe e Irmã esse livro que, desde o seu lançamento, me despertou o interesse. Obrigado!!!

Em apenas 03 dias, devorei suas quase 600 páginas com enorme facilidade.

O livro é bem escrito e conta cronológicamente as tragédias e alegrias de um trajetória repleta de bravatas inglórias e conquistas emocionantes.

Sem nenhum constrangimento, Lobão abre o seu Universo Paralelo e, com uma linguagem pra lá de interessante e moderna, conta desde sua iniciação musical(e sexual) até as polêmicas brigas com as gravadoras e grandes nomes da MPB e do próprio Rock Nacional(Caetano, Gil e principalmente, Herbert Viana).

Me surpreendeu a forma lúcida e detalhada com que ele lembra de sua infância e dos momentos com a família. Para um cara que deu tantos "porres" por aí, achei impressionante ele se lembrar de tudo com essa riqueza de detalhamento.

Outro detalhe muito interessante é que ele escreve do ponto de vista de pessoa inserida no tempo em que os fatos se sucedem, dando uma legitimidade importante para cada caso contado.

Muitas risadas, emoções e curiosidade movem a leitura onde ele conta também sobre as inspirações de suas mais famosas canções além de trechos de "Lobão na Mídia"(ao final de cada capítulo) assim como os Acordãos(Sentenças) judiciais e entrevistas, no final do livro, com algumas pessoas(Ritchie, Elza Soares e etc...) que estiveram na trajetória.

Uma belíssima história de vida de um dos mais contundentes e autênticos personagem da Música nacional dos últimos 30 anos.

E ele manda a mensagem: "O Melhor Ainda Está Por Vir!"

Abrasss


domingo, 2 de janeiro de 2011

TRON - O LEGADO


Tron - o Legado é o que pode ser chamado de um Trabalho Bem-Feito.

Confesso que fui ao cinema pensando que seria um desastre...e isso ajudou a eu ter uma boa impressão.

De qualquer forma, o novato diretor Joseph Kosinski, traz à tela um nova versão do filme Tron (original de 1982) onde um programador é "sugado" para dentro de um jogo virtual que ele mesmo criou.

Existem, na minha opinão, 02 GRANDES DESTAQUES à serem apreciados "à parte":

1-O trabalho de efeitos especiais, que transforma o Jeff Bridges(ganhador do Oscar de melhor ator em 2009) em 02 personagens sendo um velho e outro bem jovem. Impressionante.

2-A excelente trilha do DAFT PUNK que faz um som moderno e oitentista ao mesmo tempo.


O filme teve orçamento aproximado de US$300 milhões e, como disse no início, entrega um "Bom Trabalho".

Vale à pena curtir nos cinemas e, se for possível, assista em 3-D para entrar ainda mais no clima...muito embora os efeitos de maior expressão podem ser bem apreciados no tradicional.



SINOPSE - O filho de um projetista de mundo virtual vai à procura de seu pai e acaba dentro do mundo digital que seu pai projetou. Ele se encontra com a criação de seu pai, que virou mau, e um único aliado que nasceu dentro do "Grid" para ajudá-lo na missão.




Abrasss